segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Sobre Inquietação, Tontura e Encanto

Após nove ou dez conhaques, acordei qual uma flor. Sem Engov, nem ataques. Nem senti tremor. Homem sempre me aparece, geralmente, bem me dou. Mas um meia boca desses me desconcertou. Tinindo estou, curtindo estou, criança chorando e sorrindo estou. Inquieta, tonta e encantada estou. 
Sem dormir, não tem dormir. O amor vem e me diz: não convém dormir. Inquieta, tonta e encantada estou. Me perdi, dominada, e daí?! Errei sim. Ele é uma piada. Piada sobre mim. Ele é o fim, e até o fim vou tê-lo, pra vê-lo, com fé no fim, inquieto, tonto, encantado também. Vi demais, vivi demais, mas hoje eu já adolesci demais. Inquieta, tonta e encantada estou. 
Niná-lo eu vou, no embalo eu vou, um dia na pele grudá-lo eu vou. Inquieta, tonta e encantada estou. Ao falar, ele sente travação, timidez, mas horizontalmente falando, ele é dez. Perplexa, enfim. Conexo, enfim. Com graças a Deus, muito sexo, enfim. Inquieta, tonta e encantada estou. 
Ele é um tolo, mas um tolo o seu charme, às vezes, tem. Em seus braços eu me enrolo, que nem um neném. Caso é aquela coisa louca, nem dormindo eu estou desde que esse meia boca me desconcertou.
Sensata, e fim. Constato, enfim, sua baixa estatura, de fato, enfim. Inquieta, tonta e encantada não mais. Doeu demais, rendeu demais. Você ganhou muito e perdeu demais. Inquieta, tonta e encantada, não mais.Tire o surto, dispéptico, mas viver já não dói. Tenho peito anti-séptico desde que você se foi.
Romance, finis. Sem chance, finis. Calor a invadir o meu colã, finis. Inquieta, tonta e encantada não mais...