terça-feira, 11 de maio de 2010

Sobre Medidas

É como se a gente não soubesse
Pra que lado foi a vida
Porque tanta solidão
E não é dor que me entristece
É não ter uma saída
Nem medida na paixão


Foi, o amor se foi perdido
Foi tão distraído
Que nem me avisou
Foi, o amor se foi calado
Tão desesperado
Que me machucou
É como se a gente pressentisse
Tudo que o amor não disse
Diz agora essa aflição
E ficou o cheiro pelo ar
E ficou o medo de ficar
Vazio demais meu coração

Foi, o amor se foi perdido
Foi tão distraído
Que nem me avisou, nem me avisou
Foi, o amor se foi calado
Tão desesperado
Que me maltratou
Lola


Aquela que fica ouvindo música só pra se debulhar de chorar! Alokaa! hahahah

Sobre Ensaio

Perguntando-me a mim mesma: o que é que eu devo falar? Este é sempre um momento bastante difícil pras duas partes, você e eu. Existe uma certa quantidade de questões e de assuntos sobre os quais eu falei tantas vezes... Se a gente se repete algumas coisas, mesmo aquelas que pertencem à nossa própria fé, ou à nossa própria esperança, essas coisas começam a morrer. E como! Então, já não é possível dizer sempre as mesmas coisas. Ainda que elas sejam tão importantes.
Já de outras coisas, eu não paro de falar. Não que elas sejam menos verdadeiras, eu acredite menos ou sejam menos importantes, mas eu não posso calar dessas. Algumas coisas, eu só paro de falar quando eu (re)encontrar meu verdadeiro amor. E com isso eu não quero dizer que quero me reencontrar com alguém, pelo contrário. Eu quero me encontrar é com o sentimento. Dizem que no primeiro amor da gente, a gente ama a pessoa, e nos demais, amamos a sensação do amor, da paixão, que o seja.
Eu não vou parar de falar dessas coisas enquanto não reencontrar o amor verdadeiro. Vou andar por aí, não vou deixar de viver. Estou com energias renovadas "cheia vida, mordaz e ferina". Como diz o poeta, de fato não sou mais a mesma, respiro outros ares, navego outros mares. Outros lugares e olhares. Isso faz bem, mas não me afasta do sentimento. É o que as pessoas não entendem. Esses outros "ares e olharem" remetem àquelas presenças antigas e sufocantes que voltam com seus velhos discursos de meu comportamento.
Acho que aprendi com você a lidar com as pessoas e vou te levar comigo por muito tempo ainda. E afirmo que você vai me levar contigo, tenho alguma dimensão do que fui pra você, como coisa boa e ruim. Admito meus erros e os enxergo hoje com muita clareza e ainda tenho problemas por não compartilhar contigo essas minhas descobertas de mim...
E, quando te encontro, ainda me pergunto: o que devo falar? De fato, essas coisas ficaram velhas, batidas, no fundo do teu armário, como uma história qualquer. Bonita, mas que foi tão repetida que se vulgarizou. Mas pra dizer a verdade, o que tenho a dizer é que de fato, eu já tinha saudades de mim. Da minha autenticidade, tranquilidade. Estou pronta pra viver outras coisas, reencontrar meu grande amor. Já sei quem eu sou, e o que tenho que não pode ser perdido. Já conheço as partes de mim que me farão falta.
Lembrei do meu amor por mim pra poder decretar o fim desse "ne me quitte pas". Tudo que vivi foi lindo, e eu queria ter pra sempre, até que fosse chegado o dia da minha morte. Mas teve fim. O que vivi ficou no passado e a vida só acontece no presente. Meu amor, eu tive que deixar o passado ir, por não aguentar mais sofrer. E dói muito.  Quando estava ainda bem recente a separação, questão de dias, alguém me disse que era só o tempo passar, que a dor parava. E esse alguém mentiu, ou se enganou. A dor não passa. Ela continua a mesma todos os dias. Só o que muda é a decisão de ficar olhando pra dor e sentindo ela, ou deixar de olhar pra ela e dar-se a chance da distração.


Isso é o que está acontecendo. Me faz bem, imaginar que esse ensaio foi uma conversa de verdade. Essa é só mais uma das cartas que tenho te escrito, que já lotam tudo aqui. É bom imaginar que ainda te conto sobre minha vida e tudo o que me acontece. Fico imaginando seus amigos novos, se tiver, por onde anda, o que estará fazendo e isso não me faz mal. Nem quando penso em seu novo amor. Reconheço que bate só um pequeno despeito. Mas respeito seu desejo e seu desamor. Pessoas se apaixonam e desapaixonam todos os dias. Isso é comum e é vida.
E eu estou viva, muito viva. E só paro de dizer essas coisas quando eu encontrar o amor da minha vida!

Sofia

domingo, 9 de maio de 2010

Sobre Saúde

Saí, tem aquelas pessoas que frequentam os mesmos lugares e bares que você. Então, sempre tem auqele papinho curto e básico. Mas sempre fico intrigada com aquele "e aí?! você tá melhor?". E eu sempre me pergunto: "comoassim? melhor do que, gente?". Mas é sempre melhor não externar o questionamento, sorrir e acenar um 'sim' com a cabeça! Fikadika!

Sobre Peso

Ahhhh, sofrer é bom mesmo! Voltei a entrar nas minhas roupas, nos meus jeans antigos até nos meus sapatos. Vocês, caros leitores imaginários, não vão acreditar no que vos digo, mas lhes asseguro sofre a veracidade do fato em questão: meu pé diminuiu. Um número, mas diminuiu! Eu tava gorda e até o pé estava esquisito. Agora, voltei a usar aquele jeans branco, pasmem, 36!!!!! Aquele short P que é lindo e todo trabalhado na cintura alta!!! Isso sim é viver. Nada mais de usar vestido pra disfarçar. Voltando ao corpinho corpo dos meus 16 anos. Ou tentando, né? rsrs

Sobre Libertação

É... Por menos que esperemos, ela acontece. E acontece quando menos esperamos. O bom é aproveitar a solidão da gente, curtir a dor, chorar e se descabelar. Sou boa nisso, aliás. A solidão bem aproveitada tem tempo limitado, ouvi por aí. E a minha está indo, de fato.
Como é boa a sensação de libertação, de bem-estar, de suficiência. Eu me amo. E tinha esquecido de me amar, preferi a vida de outra pessoa à minha, só podia dar merda, né?! rs Felizmente, eu fiz aquela auto-crítica e acabei aceitando-a aos poucos. Importante demais esse crescimento que só existe quando a gente sofre. Bem -estar.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Sobre Jantar

No nosso último jantar, sentamos à mesa e comemos em silêncio, o próprio. Bebemos vinho e não brindamos, só se brinda quando existem planos. Naquela noite, naquela mesa, nosso último jantar era a única certeza. Alguém que por ventura bisbilhotasse nossa janela, veria talheres e copos flutuando sobre as velas. No nosso último jantar, sentamos à mesa e comemos transparentes. Alguém que por ventura bisbilhotasse nossa janela, veria comida sendo digerida dentro da gente. No nosso último jantar, sentamos à mesa e carcomemos. Alguém que bisbilhotasse nossa janela nos veria por muito pouco tempo.

Sobre Aprendizados

Sabe, gente.
É tanta coisa pra gente saber.
O que cantar, como andar, onde ir.
O que dizer, o que calar, a quem querer.

Sabe, gente.
É tanta coisa que eu fico sem jeito.
Sou eu sozinho e esse nó no peito.
Já desfeito em lágrimas que eu luto pra esconder.

Sabe, gente.
Eu sei que no fundo o problema é só da gente.
E só do coração dizer não, quando a mente.
Tenta nos levar pra casa do sofrer.

E quando escutar um samba-canção.
Assim como: "Eu preciso aprender a ser só".
Reagir e ouvir o coração responder:
"Eu preciso aprender a só ser."

Sobre Inspiração

Essa sensação de ficar cozinhando um sentimento, esperando que tudo volte ao que foi um dia, ou que seja melhor... Essa sensação de poder fazer virar realidade, ou esperar que assim se torne... É a eterna sensação de estar comprando dinheiro, fritando frigideira, cavando barco, fotografando foto, amando a bunda, odiando o ódio, trocando o que já se tem pelo que ainda se tem . Jáinda . Não se fazem mais antigamentes como futuramentes .

Sobre o Maldito Leite

Eu deveria, de fato, deixar de tomar leite. Novamente explico: sabe quando você tá com muita sede?! Aí, você abre a geladeira e bebe o leite da caixa mesmo. Não quer nem saber dos outros moradores do seu lar. Você está com muita sede e bebe o leite direto da caixa. Na primeira golada, cheia de vontade, você não repara. Só depois da quinta você percebe que o leite está azedo.
Alguém aí sabe de alguma lenda que diz que librianos não podem beber leite?! 
Acho que, talvez, seja só o momento de começar a usar copos e não ir com tanta sede na porra da caixa de leite aberta há uma semana na geladeira.

Sobre Meus Poemas Românticos | 9

A Morte do Rei

O sol morreu dentro de mim
E foi uma tarde ensolarada e escura
Que trouxe a dor enfim

Pra quem a vida era só fantasia
A realidade caiu amarga e salgada
Ver que não se vive só de sonho e alegria
Foi como quem leva uma porrada

Ver o sol morrer e se espalhar
Sobre a cidade. Nos teus braços
Percebi minha morte caminhar
Com raios de sangue nos teus passos

O pôr-do-sol me trouxe a dor da canção
Trouxe o cansaço e o ênfado do nascer
Na manhã fria da tarde vazia
Do teu cheiro bom de livro velho
O alvorecer no meio do amanhecer

Não tenho mais controle das horas
E todo o tempo é pôr-de-sol e desespero
Angústia e choro incontido
Medo de ano inteiro

O sol morreu dentro de mim
E não há mais luz do lado de fora
O sol morreu dentro de mim
E só vejo sangue em seus laivos agora
Quando você saiu por aquela porta,
O sol morreu dentro de mim.

Manoella / Sofia

domingo, 2 de maio de 2010

Sob o Crespúculo

Não. Não é sobre o filme "Crepúsculo", do qual nem posso falar mal por não ter assistido. Estou é sob o crepúsculo. Estava sentada na sala da minha casa tentando ler um livro pra me distrair um pouco.. Quando percebo o pôr-do-sol. Lindo. E terrível ao mesmo tempo.
Ando incrivelmente cansada de toda a minha vida, da atual apatia. Parece que o crepúsculo cai sobre mim em laivos de sangue. Isso aumenta meu desespero. É feito uma doença: Como se todos os músculos, todos os nervos, cada fibra do corpo estivesse apodrecendo. Cansaço. De tudo e de todos

sábado, 1 de maio de 2010

Sobre-Saltos

E então, se for pra ir, vá. Mas vá de vez. Já tivemos todo o estardalhaço que deveria. Todos os gritos, as noites inteiras de choro incontido, dias sem vontade de viver, sem ar nos pulmões. Já teve toda a poesia e o lirismo. Agora, chega. Vá embora! Se é isso que quer, vá. Se continuar olhando pra trás, interrompo a trajetória nova, os passos largos, o crescimento. Eu tô voltando a crescer, reaprendendo a andar. E com uma rapidez incrível. Eu não desisto dos meus sentimentos, eles estão aqui. EU não menti. Sem que isso pareça indireta... Não, não. Só quis dizer que meu amor de fato não se mede nem com fita métrica, nem com calendário. Espero mesmo. Mas preciso viver. Vá embora.
Saia já daqui. Porque não suporto mais a presença de sua ausência. Não suporto o teu cheiro que insiste em passar por mim sem que você esteja por perto. Saia dos meus dias porque você me faz falta; porque ainda estou reaprendendo a andar sem você. Mas eu tenho me reparado. Tenho tomado banho e me arrumado. Esses dias até usei batom. Ando penteando os cabelos e até usado aquele perfume...Decidi trabalhar e estudar. Coisas grandes e importantes.
Vai embora daqui, de mim.
Não, me desculpa. Fica. Eu te amo.

Sofia - Em sobressaltos e saltos

Sobre Opinião

Estou completamente perdida, sem saber o que vai acontecer. Querendo mudar o presente, mas sem saber o que esperar do futuro. É muito difícil suportar todas as expectativas, saber que os olhos das pessoas andam voltados pra você, pra forma que você age e como você lida com as suas próprias coisas. Eu não me importo mais com o que as pessoas pensam, só não quero mais dar liberdade suficiente pra que as pessoas venham me contar o que sentem ao meu respeito.
Estou tonta ainda com tudo que tem acontecido.

Júlia