terça-feira, 8 de junho de 2010

Sobre Desilusão

Eu te vi e as pernas tremeram
Desviava o olhar quando percebia que seus olhos me fitavam
Mas precisava dar espaço pra você chegar
E você chegou, tirando tudo do lugar.
Eu não pude mais pensar em nada.
Quando trocamos telefones, senti que as coisas mudariam
Excetuando seus deslizes na gramática,
Você era o homem dos meus sonhos
Senti a necessidade de tê-lo presente em cada campo da vida
E por que, disso, eu excluiria as redes sociais e messenger?
Eu deveria saber que seria o fim
Deveria ter pressentido a dor que me quebraria em tantos pedaços
Observar o que você escrevia.
Doloroso demais.
Aliás, cada linha que lia era uma laceração em minha carne.
Sua intromissão, seu despropósito, suas aversões...
'Çs' intrometidas...
'Zs' despropositados, tomando lugar de Ss indefesos...
Sua aversão à concordância verbal... Nem a nominal escapou!
Foi demais para mim.
Me desiludi com "voçê".
Uma desilusão ortográfico-amorosa.
Adeus. E com 'S'!

Existem pessoas e pessoas. Cada um com seu gosto, que, aliás, é feito braço: tem gente que tem, gente que não tem e gente que tem só um cotoquinho. Eu gosto de pessoas interessantes, que tenham algo a dizer. Pois bem. Quando a gente conhece alguém interessante, que mantém uma boa conversa, nessa era de mudernosidades, tenta pegar contatos de redes sociais e "mensageiro instantâneo".
É a promessa de que o negócio vai pra frente. Mas, às vezes, os fatos narrados acima são os que sucedem... Se quer conhecer alguém, como diria Datena, me dê imagens de como este alguém escreve!!

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