quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Sobre Ar

Quero mudar de ares. Mudar completamente. Ando reavaliando a vida, oq ue vale a pena, o que já valeu e vale, e o que valeu e não vale mais.
Quero encher os pulmões de ar, quero ver gente. Eu adoro ver gente. Me dá agonia ficar em casa, ser limitada pelas paredes. Eu gosto de sol, ainda que nem tanto. Eu gosto de falar. E falar muito. Até a mandibula doer e a garganta secar. Aí, eu tomo um copo de qualquer coisa, molho as palavras e volto a falar e falar e falar.
Eu sinto falta de mudanças. E as exijo de mim mesma. E isso não vai começar a contar de amanhã! É de hoje. A mudança vem hoje mesmo. Ela traz um ar fresco, um hálito que só as madrugadas podem ter, com a tranquilidade mas manhãs, mas com a sensualidade que eu gosto de ter, e que as manhãs não tem. Mas a manhã vai dar a pureza que essas mudanças têm.
Eu quero estudar! Quero mudar de casa! De casa, de bairro e de cidade! Quero mudar de mesa. Mudar de mesa e de bar também! Eu quero dançar. Eu adoro dançar! Quero liberdade. Eu clamo por liberdade. Eu sou a liberdade e não admito ser menos que isso. Não admito que paredes, relógios ou vozes me limitem. Eu gosto de teclas, de voz e de tato. Mas, principalmente de tato. Quero tatear o mundo, as cores, os gostos e cheiros. Não quero voar, quero ter meus pés no chão e sentir a areia do fundo do rio. Quero rio, quero água gelada e o vento fresco das árvores juntinhas...
Ah... Eu quero tanta coisa. Eu vejo tanta possibilidade e tanta luz. Eu só vejo possibilidade, e desejo. Eu desejo vida! E tenho sede de vida. Sede de felicidade viva e colorida. Sem cores frias e monotonia. Porque eu gosto de vermelho e detesto viver no cinza!
Não sei o motivo de estar vivendo no cinza. Acho que vivi uma fase estranha, uma vida que não é minha. Comprei sapatos que não usei. Vivi uma vida que não é minha. Estou me apropriando da minha vida de novo. Tudo voltou a ser branco.
Meu futuro. Pra eu colorir, com as minhas cores. Viva. Do jeito que bem entender!

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