sábado, 11 de julho de 2009

Sobre Intelectualidades | 1

Em mais um desses meus momentos ociosos, me peguei pensando em economia mundial, historicamente falando. Por que? Não sei. "Só sei que foi assim".
Sem mais delongas, vou ao que interessa, no que eu estava pensando.

Assistindo a uma deliciosa aula de geografia, disciplina da qual sempre gostei muito, fui levada a pensar na conjuntura econômica. Na evolução das coisas.
Tudo começa na monarquia, com um rei obviamente interventor na economia, capital monopolizado, sem concorrência. Tempos depois surge o safadinho Adam Smith e acha que tem que sobreviver o capital mais forte, tem que ter concorrência e o Estado tem que deixar os concorrentes se matarem. Bem Darwin mesmo. Eis o liberalismo econômico.
Ok. Bonito. Até que ocorre o evento da Crise de 29. População extremamente miserável, nego vendendo o almoço pra comprar o jantar. Fábricas falindo, as pessoas sendo demitidas, índices altíssimos de inflação. O Estado precisa fazer alguma coisa. É necessidade. Precisa impedir ou, pelo menos, diminuir as demissões.
Estatizar é a solução dos desenvolvimentistas. Equilibrar a economia. O Estado volta a intervir muito diretamente em tudo. Estado de Bem Estar Social (Well Fare State). A população se levanta, educação, saúde, e Petrobrás. Tudo vai bem... Até a crise do Petróleo em 73, que trava o sistema internacional. A situação brasileira era muito boa, momento do Milagre Brasileiro, quando o país chega a crescer economicamente 14% ao ano. Pra estimular novamente a economia, governo brasileiro de ditadura militar investe em energia elétrica, heidrelétricas e tudo o mais.
Mas ainda há resquícios de JK, marco brasileiro do surgimento do neo-liberalismo. Quando incentiva a concorrência nacional com as trans e multi nacionais, tendências mundias de neo-liberalismo. Sucateação dos serviços públicos do estado de bem estar social e privatição das estatais.
Até que chegamos a 2008. Crise imobiliária dos EUA, a grande potência mundial, que não demora a apresentar crise nos outros setores da economia e começa nova série de demissões. As indústrias automobilísticas demitem em massa. O que é que o governo faz? Esquece das agências reguladoras e intervém muito diretamente: compra a General Motors.
Onde é que eu queria chegar com tudo isso? Quero me adiantar ao próximo passo da tendência mundial. O Estado volta a regular a economia? Volta a esquecer a "mão mágica" que controla a economia? Não, não ache que isto está longe de nós só porque o presidente Lula disse que isso, para nós é apenas uma 'marolinha'. Você se lembra da Varig? Lembra o que houve? Quando a empresa aérea começou a dar sinais de que iria falir, o que nosso governo fez? O mesmo que o governo americano fez com a GM.
Surgiria, então, um neo-desenvolvimentismo?
Eu ficaria feliz. Cessaria por um tempo as politicagens assistencialistas a que assistimos nos dias atuais. Seria bom ver a saúde voltar a funcionar, ver a educação tomando novos rumos. Acredito que a educação seja a base. O desenvolvimento só acontece com a qualificação dos profissionais brasileiros. Não adianta importar MDO qualificada. Quero muito o fim dessa política burra que vejo nos telejornais da madrugada.

Exausta da Silva Sauro!

Nenhum comentário: