sábado, 6 de dezembro de 2008

Sobre Júlia Braun

como num romance, o homem dos meus sonhos me apareceu no dancing . era mais um . só que , num relance, os seus olhos me chuparam feito um zoom . e ele me comia com aqueles olhos de comer fotografia . eu disse: ' cheese ' e, de close em close, fui perdendo a pose até sorrir, feliz . e voltou, me ofereceu um drink e me chamou de 'anjo azul' . minha visão foi desde então ficando flou . como no cinema, me mandava às vezes uma rosa e um poema . foco de luz . eu, feito uma gema, me desmilingüindo toda ao som do blues. abusou do scotch . disse que meu corpo era só dele aquela noite . eu disse ' please ' . xale no decote . ! disparei com as faces rubras e febris ... e voltou no derradeiro show com dez poemas e um buquê . eu disse ' adeus, já vou com os meus numa turnê ' . como amar esposa . disse ele que agora só me amava como esposa . não como star . me amassou as rosas, me queimou as fotos, me beijos no altar . nunca mais romance, nunca mais cinema, nunca mais drink no dancing, nunca mais ' cheese ', nunca uma espelunca . uma rosa nunca, nunca foi mais feliz . nunca, nunca .



: D

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