sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Sobre As Quatro Da Manhã

Quatro da manhã. Dor no apogeu. A lua já se escondeu, vestindo o céu de puro breu e eu mal vejo a minha mão a rabiscar esboço de canção. Poesia vã, pobre verso meu, que brota quando feneceu a mesma flor que concebeu perdido na alucinação do amor, acreditando na ilusão. Canto pra esquecer a dor da vida. Sei que o destino do amor é sempre a despedida. A tristeza é o grão, saudade é o chão onde eu planto. Do ventre da solidão é que nasce o meu canto.

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