terça-feira, 11 de novembro de 2008

Sobre o Ser

Nos tempos atuais, em que o ter importa mais que o ser, quando encontramos alguém que é, realmente é, e apenas é, a gente reconhece de cara. É inevitável, impossível ignorar. Não tem nada a ver com a coisa utópica, fantasiosa. É sentir no toque, na pele, o que tinha tudo pra ser superficial, mas de repente foi pra dentro, e ficou impregnado na roupa, nas mãos, no corpo. E aí, temos a vontade de estar perto, estando junto ou não. Temos a vontade de tocar, sendo onde realmente se quer ou não. Valorizamos muito mais as coisas "pequenas", o simples de cada dia. Valorizamos desde o "bom dia" ao elogio àquela roupa que estamos cansados de usar. E depois, vamos aprendendo a estar junto. Não fisicamente, mas com a alma. Sentimos quando as coisas vão bem, ou quando o outro vai mal. Entra em cena nesse momento o exercício da cumplicidade. Que não é só contar os segredos; É dar licença pra que conheça a vida da gente, nossas manias e loucuras, nossos devaneios e surtos, momentos líricos ou não. Sem simular, sem maquiar. Ter ' a cara limpa ', sem disfarces é tão bom. Se mostrar pro outro sem ter vergonha é tão bom. Em suma, é bom ter confiança. Temos, então, a lealdade.




Acho que ainda tem muito pra ser registrado, mas as coisas acontecem com calma. Tudo a seu tempo.

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