sábado, 15 de novembro de 2008

Sobre o Tempo Implacável

"Crescendo foi ganhando espaço, pulou do meu braço, nasceu outro dia e já quer ir pro chão. Já fala mãe, já fala pai, já não suja na cama. Não quer mais chupeta. Já come feijão. E posso até ver os meus traços nos primeiros passos, tropeça e seguro e não deixo cair. Se cai, levanta, continua
A porta da rua fechada, criança não deixo sair da linha, da linha. Reflexo no espelho leva à emoção, a lágrima ameaça do olho cair. Semente fecundou, já começa a existir. É cria, criatura e criador. Cuida de quem me cuidou, pega na minha mão e guia."



E ela já está enorme. A coisinha que peguei no colo assim que nasceu, e que tantas vezes fiz dormir, e dei mamadeira, e troquei, e arrumei pra levar pra escola, e penteei os cabelos da forma que queria... Pra fazer cinco anos. Parece que foi ontem e eu quero que o tempo volte, pra ela se encaixar no meu colo de novo, enquanto eu ninava.

Nostalgia.

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