quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Sobre Presentes e Mais Presentes

Vem, meu menino vadio. Vem, sem mentir pra você. Vem, mas vem sem fantasia que da noite pro dia, você não vai crescer. Vem, por favor, não evites, meu amor, meus convites, minha dor, meus apelos. Vou te envolver nos cabelos, vem perde-te em meus braços, pelo amor de Deus. Vem que eu te quero fraco. Vem que eu te quero tolo. Vem que eu te quero todo meu. Ah, eu quero te dizer que o instante de te ver custou tanto penar. Não vou me arrepender, só vim te convencer que eu vim pra não morrer de tanto te esperar. Eu quero te contar das chuvas que apanhei, das noites que varei no escuro a te buscar. Eu quero te mostrar as marcas que ganhei nas lutas contra o rei, nas discussões com Deus. E agora que cheguei, eu quero a recompensa, eu quero a prenda imensa dos carinhos teus.

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